domingo, 18 de maio de 2008

PSB É O ELEFANTE NA ESQUINA!


Direto do Notícias Daqui (link ao lado)

Na foto: presidente do PSol, Randolfe Rodrigues e o deputado Camilo Capiberibe(PSB) podem estar juntos nas próximas eleições - O cenário político que se desenha para as eleições de 2008 promete ser muito diferente daquele das eleições de 2006. Por sua vez, aqueles que se beneficiaram do jogo político nas eleições passadas estão com as "barbas de molho".

O Partido Socialista Brasileiro vem sendo sistematicamente bem votado em Macapá. Em 2000, o candidato do PSB à prefeitura, eleito, obteve 36% dos votos válidos , contra 35% do adversário. Nas eleições ao governo de 2002, o candidato do partido, Claudio Pinho, ficou em 2o lugar no 1o turno aqui na capital, obtendo 26% dos votos válidos, contra 38% do vencedor daquela eleição, Waldez Góes(PDT) e 21% da governadora em exercício durante aquela eleição, Dalva Figueiredo(PT) . Nas eleições para prefeitura em 2004, Janete Capiberibe ficou em 2o lugar, obtendo 29% dos votos, o primeiro colocado, João Henrique Pimentel(PT), obteve 41% dos votos válidos e Sebastião Rocha Bala teve 21%, mesmo contando com o apoio do governador Waldez Góes e o peso da máquina governamental.

Nas eleições de 2006, em Macapá, o atual governador Waldez Góes obteve 50% dos votos, contra 40% dos votos dados a João Capiberibe, que saiu sozinho sem nenhuma coligação. Considerando que Waldez Góes contou com uma mega coligação(o prefeito de Macapá e todos os vereadores, com exceção de um, o apoiavam, também faziam parte da base de Waldez 22 deputados estaduais, toda a bancada federal); um esquema estratégico eleitoral que tinha um candidato laranja, Errolflynn do PT, cujo único objetivo era criticar o ex-governador João Capiberibe, que quase não tinha tempo no Horário Eleitoral gratuito para responder; Góes contou ainda com a complacência da mídia local.

Isso mostra que em Macapá a força do PSB é inquestionável, certo? Certo. Mostra também que nenhuma análise deveria deixar o PSB de fora, certo? Certo. Porém, na prática não é isso que acontece, a força do PSB é muitas vezes ignorada por comentaristas políticos e jornalistas de plantão, que desprezam o potencial eleitoral do partido em Macapá.

Apesar de ignorado publicamente, o PSB vem sendo extremamente assediado nos bastidores. Em Santana recebeu duas ofertas para indicação de candidatura a vice; no Laranjal do Jarí e no Oiapoque o partido do vice governador Pedro Paulo Dias investe na possibilidade de obter o apoio do PSB. No sábado, o deputado estadual socialista Camilo Capiberibe se encontrou com o candidato do PP à prefeitura de Oiapoque, Agnaldo do Posto e com o vereador Nilton Castilho, com quem discutiu possibilidade de aliança.

Em Macapá uma aliança PSB e PSol já está bastante avançada. PMN e PPS continuam conversando para definir sua entrada ou não na coligação de oposição. Os nomes possíveis até agora são o de Randolfe Rodrigues, pelo PSol e o do deputado Camilo Capiberibe pelo PSB.

Flashback

Enquanto isso, no lado oposto, a união e a harmonia cunhadas a peso de ouro em 2006 estão cada vez mais difíceis de serem alcançadas. À mesma medida que a oposição se articula, a situação se esfarela. O deputado Evandro Milhomem já pendurou os cargos que ocupa no governo do Estado na conta das eleições de 2006, quando ele apoiou a reeleição de Waldez Góes e insiste na sua candidatura sem deixar o governo. O DEM, com Davi Alcolumbre já tem aliança garantida com o PSDB do senador Papaléo Paes. A aliança, costurada nacionalmente ignora completamente os desejos do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Amanajás, que é cacique do PSDB no Amapá, ele está articulando pela candidatura de Roberto Góes(PDT) a revelia de seu partido. O ex-deputado Lucas Barreto pode cerrar fileiras junto a Davi, mas não rechaça totalmente uma união com o PSB. Estão ainda no páreo João Trajano, que tentará defender o espólio político do atual prefeito João Henrique - se é que ele existe – Há também Moisés Souza(PSC), um aventureiro obestinado e Dalva Figueiredo(PT), que não pretende se submeter e ser laranja como o candidato do partido nas últimas eleições. No topo de tudo isso, o governador Waldez Góes está tendo que intermediar e tentar conter uma guerra pela sua própria sucessão, o grupo de Jorge Amanajás – pré-candidato desde já ao trono de Waldez em 2010 – e o grupo do vice-governador Pedro Paulo Dias, que também está de olho nas eleições de 2010 e costura politicamente uma candidatura sua ao governo.

O senador licenciado Gilvam Borges estaria aqui, licenciado do senado, para tentar reeditar o acordo de 2006, mas não está sendo uma tarefa fácil. Acostumados com um esquema político covarde, que incluiu em primeiro lugar, o silêncio e a omissao– provocados pela falta de tempo na televisão e rádio para a oposição e pelo pagamento de jabá para uma parte da imprensa; em segundo lugar ,a falsa idéia de união – garantida pela troca de favores com aliados; e em terceiro lugar pelo trabalho de última hora, que inclui asfalto e inauguração de obras intermináveis inciadas dois, três anos antes da eleiçnao; aqueles que se beneficiaram disso nas últimas eleições começam a colocar suas barbas de molho, pois o quadro que se desenha não é tão azul assim.

Tudo isso para dizer que subestimar a força do Partido Socialista Brasileiro em Macapá, é como ignorar a existência de um elefante na esquina. Você pode até fingir que não vê, mas o elefante continuará lá. E como todo mundo sabe, um elefante incomoda muita gente…

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