sexta-feira, 20 de junho de 2008

Prefeitura despeja remédios vencidos na área portuária do Perpétuo Socorro

Do Notícias Daqui (link ao lado)

Há 200 metros da Feira do Pescado, um dos locais mais movimentados de Macapá pela manhã, há aproximadamente 30 caixas de medicamentos vencidos, que aportaram na manhã desta quinta-feira, 19 naquele local. Segundo informações dadas pelos próprios tripulantes do barco que transportou a carga, elas vieram do arquipélago do Bailique misturadas com o lixo doméstico daquela localidade, que é trazido para Macapá de barco. Remédios como Amoxilina(duzimicin) e Cloridrato de metoclopramida, vencidos há pouco mais de um mês estão dividindo a mesma calçada que transeuntes e vendedores de banana e porcos. Um líquido mal cheiroso emana do local e mostra que a contaminação se espalha ao redor dos detritos.

Uma senhora que é vendedora ambulante no local viu quando o lixo chegou na quinta-feira às 5 horas da manhã, “só quem pegou alguma coisa aí foi um senhor pra botar negócio de pracaxi, essas coisas pra vender na feira”, ela disse, referindo-se a um senhor que teria pego frascos de xarope vencido para reutilizar. A senhora, que pediu para não ser identificada, disse ainda que em alguns momentos houve uma tentativa de resguardar o local “até um policial teve por aqui pra ninguém chegar perto hoje mais cedo”, no horário que estivemos por lá, por volta das 19h não havia nenhum representante do poder público no local, crianças e cachorros brincavam próximo ao lixo.
Comentário: Realmente estamos em meio ao caos administrativo, já não basta a corrupção impregnada na alma daqueles que se vestem do poder pra desviar dinheiro público destinados a saúde do nosso povo, agora nos deparamos com o paradoxo mais cruel possível, que é vê centenas de pessoas agonizando e morrendo por falta de estrutura e sobretudo medicamentos nos hospitais e centros de saúde de todo o Estado, enquanto sujeitos irresponsáveis permitem que milhares de medicamentos, que poderiam e deveriam ser utilizados no tratamentos da população enferma, pereçam sem cumprir a sua razão de existir. De fato, essa chega a ser a demonstração mais nítida do espírito desumano que assola a aura devastada dos gestores que ora conduzem o nosso processo de evolução, se é que podemos assim dizer.

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