Do Notícias Daqui (link ao lado)
Os relatórios dos órgãos públicos que participaram da inspeção ao Matadouro Municipal foram entregues ao vereador Clécio Luís (P-SOL). Com exceção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, entregaram o relatório o Conselho Regional de Medicina Veterinária, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Vigilância Sanitária e Diagro. A visita, que havia sido cancelada anteriormente pela Prefeitura de Macapá, aconteceu no dia 7 de maio em meio a tumultos causados pelo secretário de Saúde, Emanoel Bentes, que agrediu verbalmente o vereador na entrada do Matadouro. Mesmo com o contratempo, a inspeção foi feita com autorização do administrador, Alberto Fonseca.
Os relatórios apontam que as denúncias feitas por moradores ao vereador são verdadeiras. Nos documentos são relatadas as situações de trabalho e higiene e são enfáticos ao afirmar tecnicamente que restos de animais são abatidos fora dos padrões e jogados no igarapé Paxicu, deixados à céu aberto, o que provoca mal cheiro em toda a vila onde está localizado o Matadouro. O Conselho de Medicina relata ainda que a empresa que administra o Matadouro funciona irregularmente junto ao órgão. O transporte e condicionamento da carne também são feitos de modo inadequado o que, de acordo com os relatórios, trazem risco de contaminação. Em resumo, os relatórios afirmam que o local deve ter as atividades suspensa. Clécio diz que mesmo os relatórios pedindo a interdição a situação deve ser analisada do ponto vista econômico. “É necessário compatibilizar os interesses econômicos com o coletivo, algumas questões são estruturais e de conduta, o Matadouro tem que se adequar aos padrões mínimos exigidos, se não se enquadrar dentro de um prazo, aí sim, deverá ser fechado e infelizmente vai deixar muitos trabalhadores desempregados”, diz o vereador.
O vereador já havia denunciado o que foi constatado pelos relatórios, a falta de controle animal, condições de trabalho precárias, e os procedimentos usados no abate que colocam em risco o meio ambiente. “Esta situação é antiga, estamos prestando contas com a comunidade e exigindo providências,estamos desmoralizando o que disse o secretário Emanoel, quando ele foi coordenador da Vigilância sanitária nunca tomou medidas para melhorar o Matadouro, a situação está como antes, os relatórios comprovam tudo o que eu foi falado anteriormente”, fala Clécio. Na manhã de qurta-feira (11), o vereador foi ao Ministério Público, e em audiência com a promotora de Meio Ambiente, Ivana Cei, mostrou os relatórios. A promotora disse já estar ciente dos problemas no Matadouro e que os documentos darão suporte técnico para que o Ministério Público tome providências. “O parecer dos próprios órgãos municipais condenam o Matadouro, a Vigilância e a Secretaria de Meio Ambiente apontam irregularidades, é uma questão de saúde pública”, diz Clécio. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente não enviou técnicos para acompanhar a inspeção mas comprovou que o igarapé Paxicu e o rio Amazonas estão contaminados.
Comentário: Eu penso que nesse momento o que deve prevalecer é a vontade coletiva, não aquela representada muitas vezes por uma maioria com intenções previamente formulada , mas sim, pelo interesse geral coletivo. Sabemos dos transtornos que a interdição causará aos funcionários do matadouro e seus familiares, entretanto, a garantia e a preservação da saúde de todos os cidadãos e cidadãs amapenses é algo bem maior e representa a vontade absoluta. Sem falar dos graves problemas ambientais causados pela falta de consciência ambiental dos administradores do matadouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário