Incrível! Essa é a palavra adequada para expressar a experiência singular que vivi nesses últimos dias na Escola Família AgroExtrativista do Maraca. Fui convidado para ministrar aulas no primeiro ano do ensino médio da escola na disciplina Filosofia e Sociologia para o segundo ano. Cada turma continha em média, cerca de 20 alunos com faixa etária de 15 a 21 anos.
Logo de início o que me impressionou foi a estrutura física da escola, que não é das melhores, porém, ultrapassou as minhas expectativas, um prédio novo, contendo três salas de aulas, dois alojamentos (masculino e feminino), refeitório, salas administrativas e banheiros. Os alunos vivem na escola sob o regime de internato, uma vez que a grande maioria são oriundos das comunidades vizinhas, ao todo são 22 comunidades atendidas pela escola no ensino médio e fundamental. Cabe aos alunos as responsabilidades referentes à manutenção da escola: limpeza, pequenos reparos, jardinagem, etc. A escola possui apenas um cozinheiro, que prepara o café da manhã, almoço, café da tarde e jantar, entretanto, os alunos são encarregados de servir a alimentação, existe um rodízio de tarefas que envolve todos eles e o interessante é que eles realmente cumprem as suas tarefas diárias sem maiores transtornos.
Todos eles quando concluem os estudos, saem com o título de Técnico AgroExtrativista, estudam até 4º ano, série em que se obtém o título. A cada módulo, eles permanecem 20 dias na escola e 10 dias nas suas respectivas comunidades, onde devem desenvolver atividades relacionadas ao seu projeto do curso técnico, sendo cada aluno, rigorosamente inspecionado por monitores da escola que vão até as comunidades para se certificarem sobre a implantação dos conhecimentos obtidos na escola. A pedagogia adotada pela escola é a da Alternância, quem conhece sabe que não é tão simples colocá-la em prática, principalmente sob as inúmeras adversidades que já lhes são peculiar. Os alunos são realmente comprometidos com o estudo, parecem saber a exata importância dele em suas vidas e se dedicam copiosamente na busca da sua emancipação. No decorrer das minhas aulas, fui sendo surpreendido com as declarações de carinho e de respeito por conta de cada aluno, pareciam não se cansar de tanto agradecer por eu estar ali, transmitindo-lhes e construindo junto com eles o conhecimento. Fiz questão de dizer a eles que não se tratava de esforço por nossa parte, mas sim de compromisso e responsabilidade, o que todo e qualquer professor que lá chegar, deverá demonstrar e que eles sempre deveriam cobrar e explorar ao máximo todos que por lá passarem. Os esforços desprendidos por muitos deles me causaram espanto, alguns andam cerca de 4 horas de rabetinha para poder chegar até a estrada e pegar um ônibus até a escola, isso demonstra a vontade e a garra daquele povo que me ensinou que os obstáculos são apenas obstáculos e não um ponto final.
Realmente foi incrível, uma realização pessoal!
Logo de início o que me impressionou foi a estrutura física da escola, que não é das melhores, porém, ultrapassou as minhas expectativas, um prédio novo, contendo três salas de aulas, dois alojamentos (masculino e feminino), refeitório, salas administrativas e banheiros. Os alunos vivem na escola sob o regime de internato, uma vez que a grande maioria são oriundos das comunidades vizinhas, ao todo são 22 comunidades atendidas pela escola no ensino médio e fundamental. Cabe aos alunos as responsabilidades referentes à manutenção da escola: limpeza, pequenos reparos, jardinagem, etc. A escola possui apenas um cozinheiro, que prepara o café da manhã, almoço, café da tarde e jantar, entretanto, os alunos são encarregados de servir a alimentação, existe um rodízio de tarefas que envolve todos eles e o interessante é que eles realmente cumprem as suas tarefas diárias sem maiores transtornos.
Todos eles quando concluem os estudos, saem com o título de Técnico AgroExtrativista, estudam até 4º ano, série em que se obtém o título. A cada módulo, eles permanecem 20 dias na escola e 10 dias nas suas respectivas comunidades, onde devem desenvolver atividades relacionadas ao seu projeto do curso técnico, sendo cada aluno, rigorosamente inspecionado por monitores da escola que vão até as comunidades para se certificarem sobre a implantação dos conhecimentos obtidos na escola. A pedagogia adotada pela escola é a da Alternância, quem conhece sabe que não é tão simples colocá-la em prática, principalmente sob as inúmeras adversidades que já lhes são peculiar. Os alunos são realmente comprometidos com o estudo, parecem saber a exata importância dele em suas vidas e se dedicam copiosamente na busca da sua emancipação. No decorrer das minhas aulas, fui sendo surpreendido com as declarações de carinho e de respeito por conta de cada aluno, pareciam não se cansar de tanto agradecer por eu estar ali, transmitindo-lhes e construindo junto com eles o conhecimento. Fiz questão de dizer a eles que não se tratava de esforço por nossa parte, mas sim de compromisso e responsabilidade, o que todo e qualquer professor que lá chegar, deverá demonstrar e que eles sempre deveriam cobrar e explorar ao máximo todos que por lá passarem. Os esforços desprendidos por muitos deles me causaram espanto, alguns andam cerca de 4 horas de rabetinha para poder chegar até a estrada e pegar um ônibus até a escola, isso demonstra a vontade e a garra daquele povo que me ensinou que os obstáculos são apenas obstáculos e não um ponto final.
Realmente foi incrível, uma realização pessoal!
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