As eleições 2008 para a prefeitura de Macapá culminou de forma assustadora, não apenas por ter sido a única capital onde o derrotado no 1º turno se sagrou vencedor no 2º, mas, sobretudo, pelos artifícios utilizados no sentido de desequilibrar o pleito democrático. Não sou daqueles que se convece de que no processo eleitoral todas as armas são legitimadas e protegidas pela democracia que norteia as ações nesse período. Fazer uso de meios rasteiros que relegam a sociedade ao rés do chão, lhes tirando inclusive o direito sagrado da livre escolha, na minha opinião, são armas que jamais poderão ser legitimadas, pois ferem de morte a democrácia conquistada no passado, através da luta incassável de milhões de brasileiros e brasileiras que não hesitaram em colocar em risco suas prórprias vidas, em busca da liberdade do povo, essa mesma liberdade que alguns insistem em não reconhecer, que alguns insistem em suprimir através do dinheiro sujo que aliena cidadãos e cidadãs que vivem à margem de uma miséria sem fim e que a cada ano se transforma ainda mais, num ciclo vicioso e extremamente perigoso para o futuro próximo. Não podemos caminhar na contra-mão do progresso humano, a nossa democracia precisa ser a cada dia fortalecida e não vitimada, cada um de nós devemos à ela, esse compromisso, em nome da relação virtuosa entre os povos, mas, sobretudo, em nome daqueles que ousaram sacrificar as suas vidas, em prol da liberdade que gozamos hoje, seja da forma que quiserem entender, mas que gozamos dela gozamos!
No que se refere ao resultado da eleição para prefeitura de Macapá, não preciso dizer que foi fruto dos meios rasteiros utilizados por aqueles que não tiveram capacidade política de convencer o povo acerca de suas propostas, entretanto, eu penso que o que há de mais grave está sob a responsabilidade da justiça eleitoral, não no sentido de fazer a democracia, mas sim, no sentido de dar uma resposta ao povo macapaense a respeito do abuso do poder econômico e da utilização de meios ilícitos visando ludibriar e confundir o eleitor, do contrário, as próximas eleições correm um sério risco de serem conduzidas pelos paradigmas utilizados neste ano e nós sabemos quais são.
Como diria um amigo meu, presidente regional de um partido político aqui no Amapá: "ganha um picolé gigante aquele que caminhar um quarterão aqui em Macapá e não esbarrar em um eleitor ou eleitora que não tenha recebido um agrado ($$$) enviado pelo prefeito eleito em troca de uns votinhos". É realmente lamentável, pra não dizer ridículo. Atitude, é o que falta!
Padoxiçais
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