Sebastião Montalvão - Especial para o UOL em Goiânia.
A dona-de-casa Dionice Gualberto de Brito, 34 anos, é mais uma protagonista de histórias de horror envolvendo crianças. Ela está presa, desde o último sábado (26), acusada de tortura, cárcere privado e lesões corporais graves contra pelo menos dois de seus quatro filhos menores.
A garota E., 12 anos, foi encontrada pela polícia acorrentada ao pé da cama da casa da família na cidade Mambaí, no Nordeste goiano (503 km de Goiânia). A irmã dela L. de 9 anos, apresenta lesões sérias de queimaduras que, segundo denúncia feitas à polícia teriam sido provocadas por Dionice, que teria jogado água fervente na filha.
A menina sofreu queimaduras de 2º e terceiro graus, de acordo com laudos médicos. A denúncia de maus-tratos partiu do filho mais velho da acusada, de 19 anos. "Já a havia visto bater nos meus irmãos. Mas nunca imaginei uma situação destas", desabafa Diego de Oliveira, que já não mora mais com a mãe e os irmãos.
De acordo com o delegado Eduardo José do Prado, Diego procurou a delegacia informando que L. havia ido até a casa onde ele mora para contar da queimadura. "Junto com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar nos deslocamos até a casa para checar a informação. Chegamos lá e flagramos, além da agressão, a outra filha dela amarrada ao pé da cama, com uma dessas correntes de amarrar cachorro", conta o delegado.
Dionice foi presa em flagrante e encaminhada para a cadeia pública de Simolândia, já que Mambai não dispõe de celas. Já na cadeia, a acusada tentou justificar os atos. Ela diz que o motivo de manter a menina E. acorrentada foi uma tentativa desesperada de salvar a garota das ruas.
"Ela estava roubando, bebendo, usando drogas. Tinha dias que eu amanhecia na rua à procura dela. Decidi amarrá-la para que não fosse mais para a rua", contou a mãe, à reportagem da TV Record. Ela alega ainda que a filha tem problemas mentais e que bêbados também estariam se aproveitando sexualmente da garota.
Os problemas psicológicos de E. são evidentes, segundo o delegado. "Ela nem consegue articular bem as palavras. Os problemas delas são visíveis", informou Prado, que contou que isso pode acarretar as questões dos pequenos furtos. "Na própria delegacia, ela viu umas moedas na gaveta e tentou pegar mesmo com todo mundo próximo a ela. Ela não tem consciência desses delitos", afirmou o delegado. E. não soube dizer por que era acorrentada quase que diariamente.
Já o caso da queimadura de L, Dionice alega que tudo não passou de um acidente. "Estava fazendo um café e decidi jogar a água fora. Mas como ventava forte, parte da água acabou voltando e acertou a menina", alega. A história contada pela garota ao delegado, no entanto, é um pouco diferente.
Segundo a versão da garota, um café estava realmente sendo preparado na casa e ela teria deixado cair, por acidente, um pedaço de tecido no interior da panela. A mãe, então, enfurecida teria pegado a vasilha e jogado diretamente nas costas dela. "Tentei correr, mais não deu. Na hora doeu muito", disse L.
Além das duas crianças agredidas e do filho maior, Dionice tem outros dois filhos, todos menores de oito anos. Pelo menos aparentemente, segundo o delegado, eles não foram vítimas de agressão. Todos os quatro filhos menores da acusada estão sob os cuidados do Conselho Tutelar do município de Mambaí, até que o poder judiciário determine para onde eles serão encaminhados.
A família mora em condições extremamente precárias e, além da queimadura recente e das marcas das correntes, as meninas apresentam outras cicatrizes, que a polícia ainda apura se seriam de agressões anteriores. Para se ter uma idéia das condições e da falta de informação da família, dos quatro filhos menores da acusada, apenas um possui registro civil.
A garota E., 12 anos, foi encontrada pela polícia acorrentada ao pé da cama da casa da família na cidade Mambaí, no Nordeste goiano (503 km de Goiânia). A irmã dela L. de 9 anos, apresenta lesões sérias de queimaduras que, segundo denúncia feitas à polícia teriam sido provocadas por Dionice, que teria jogado água fervente na filha.
A menina sofreu queimaduras de 2º e terceiro graus, de acordo com laudos médicos. A denúncia de maus-tratos partiu do filho mais velho da acusada, de 19 anos. "Já a havia visto bater nos meus irmãos. Mas nunca imaginei uma situação destas", desabafa Diego de Oliveira, que já não mora mais com a mãe e os irmãos.
De acordo com o delegado Eduardo José do Prado, Diego procurou a delegacia informando que L. havia ido até a casa onde ele mora para contar da queimadura. "Junto com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar nos deslocamos até a casa para checar a informação. Chegamos lá e flagramos, além da agressão, a outra filha dela amarrada ao pé da cama, com uma dessas correntes de amarrar cachorro", conta o delegado.
Dionice foi presa em flagrante e encaminhada para a cadeia pública de Simolândia, já que Mambai não dispõe de celas. Já na cadeia, a acusada tentou justificar os atos. Ela diz que o motivo de manter a menina E. acorrentada foi uma tentativa desesperada de salvar a garota das ruas.
"Ela estava roubando, bebendo, usando drogas. Tinha dias que eu amanhecia na rua à procura dela. Decidi amarrá-la para que não fosse mais para a rua", contou a mãe, à reportagem da TV Record. Ela alega ainda que a filha tem problemas mentais e que bêbados também estariam se aproveitando sexualmente da garota.
Os problemas psicológicos de E. são evidentes, segundo o delegado. "Ela nem consegue articular bem as palavras. Os problemas delas são visíveis", informou Prado, que contou que isso pode acarretar as questões dos pequenos furtos. "Na própria delegacia, ela viu umas moedas na gaveta e tentou pegar mesmo com todo mundo próximo a ela. Ela não tem consciência desses delitos", afirmou o delegado. E. não soube dizer por que era acorrentada quase que diariamente.
Já o caso da queimadura de L, Dionice alega que tudo não passou de um acidente. "Estava fazendo um café e decidi jogar a água fora. Mas como ventava forte, parte da água acabou voltando e acertou a menina", alega. A história contada pela garota ao delegado, no entanto, é um pouco diferente.
Segundo a versão da garota, um café estava realmente sendo preparado na casa e ela teria deixado cair, por acidente, um pedaço de tecido no interior da panela. A mãe, então, enfurecida teria pegado a vasilha e jogado diretamente nas costas dela. "Tentei correr, mais não deu. Na hora doeu muito", disse L.
Além das duas crianças agredidas e do filho maior, Dionice tem outros dois filhos, todos menores de oito anos. Pelo menos aparentemente, segundo o delegado, eles não foram vítimas de agressão. Todos os quatro filhos menores da acusada estão sob os cuidados do Conselho Tutelar do município de Mambaí, até que o poder judiciário determine para onde eles serão encaminhados.
A família mora em condições extremamente precárias e, além da queimadura recente e das marcas das correntes, as meninas apresentam outras cicatrizes, que a polícia ainda apura se seriam de agressões anteriores. Para se ter uma idéia das condições e da falta de informação da família, dos quatro filhos menores da acusada, apenas um possui registro civil.
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