sábado, 17 de maio de 2008

Nota da deputada Janete Capiberibe sobre a saída da ministra Marina Silva

Do site do dep. Camilo Capiberibe (link ao lado)

NOTA À IMPRENSA

da Presidenta da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional

Brasília, 14 de Maio de 2008

A frágil guerreira Marina Silva resistiu por muito tempo, enquanto dava respaldo nacional e internacional à uma política ambiental inconsistente, de um governo que prioriza o agronegócio e o desenvolvimento predatório e considera pouco as populações tradicionais e as gerações futuras. Foi, durante cinco anos, um escudo das políticas ambientais pálidas do Governo Federal.

Isolada no Governo Federal, a demissão da ministra Marina Silva torna pública a forte pressão sobre este Ministério para o afrouxamento das normas ambientais como forma de acomodar os interesses econômicos imediatistas em prejuízos Amazônia e às populações tradicionais da região.

Sem dúvida, as pressões foram internas e externas.

Provas disso são a importação de pneus usados, a liberação dos transgênicos – contrabandeados e ilegais, a ampliação das áreas desmatadas para cultivo, o esgarçamento da legislação ambiental para acolher projetos danosos à natureza e às populações, a transposição do Rio São Francisco, a ausência de políticas de desenvolvimento sócio-ambiental sustentável, dentre outras, como o congelamento do PAS desde 2003.

Tudo isso contradiz a história e a militância da amazônida Marina Silva.

O Governo Federal está obrigado a repensar sua política ambiental, reavaliar seus compromissos políticos e dar, finalmente, um rumo ao desenvolvimento, principalmente na região Amazônica. Do contrário, a saída da ministra Marina Silva representará tão somente a vitória do desenvolvimento predatório, que avançará, agora sem qualquer obstáculo institucional, principalmente na Amazônia.

Deputada Federal Janete Capiberibe – PSB/AP
Presidenta da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional

terça-feira, 13 de maio de 2008

QUAL O LIMITE DA CEGUEIRA PROPOSITAL?


Cegueira proposital é um termo que define situações onde se percebe tudo e fingi-se não compreender nada, é engolir sapos para continuar a caminhada sem maiores transtornos, é aceitar o errado como certo para não desagradar terceiros, é pensar com a cabeça dos outros, é viver em razão da vida alheia, é passar por cima das suas próprias idéias para permanecer junto, enfim, é vegetar diante do mundo para não incomodar quem está do seu lado.
Como compreender certas situações onde o que se busca é acertar, mas todo mundo te diz que você está errado? Será que é um problema quantitativo relacionado ao fato de só um querer acertar? Ou é democracia permanente relacionada ao fato de todo mundo dizer que está errado? Reflita aí! Eu penso que já não consigo corroborar com aqueles que insistem no auto fragelamento, com aqueles insistem na desconfiança a revelia da liberdade de idéias, do companheirismo de longa data e da união no momento de ostracismo. Aliás, nos momentos difíceis a união acontece de forma mais natural, pois o que se busca é confortar-se uns aos outros, os pensamentos sempre se coadunam, tudo é muito mais tranqüilo, pois só existe uma vontade em jogo: transpor esse período! Difícil mesmo, é quando não tem problemas em comum, pois o que vai a jogo são os interesses de cada um ou de cada UNS. Ah! aí não se enxerga mais nada, apenas o essencial, o suficiente para se alcançar o objetivo imediato. Esse paradoxo é realmente presente no cotidiano das pessoas, pare e reflita! Existem momentos na vida da gente que se vai do importante ao desprezível em um piscar de olhos, e o pior, quando desprezado o rótulo parece ser vitalício.
Outro aspecto interessante da cegueira proposital é a falsa sensação de que você é alguma coisa, quando na verdade o que se é, não passa de um momento, no qual procura-se investir determinadas pessoas de uma importância metafísica e com prazo de validade.
Não adianta fugir, ao se deixar-se envolver pela cegueira proposital, o resultado será sempre prejudicial, cabe então analisarmos o limite de tal.