terça-feira, 11 de agosto de 2009

Política Provinciana...

Quando eu digo que boa parte dos políticos amapaenses age de maneira provinciana... Veja a post do blog da Alcilene Cavalcante.

"FRANCAMENTE"
No site do Governo do estado, na página principal, tem a seguinte notícia:
“O Governo do Amapá por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur) em parceria com Prefeitura de Macapá repassou na manhã desta sexta-feira, 7, no Salão Nobre do Palácio do Setentrião o pagamento para os artistas que prestaram serviços na Festa do Sol”.

A notícia só faltou dizer que foi um momento de grande emoção.

Francamente… Fazer evento e cerimônia para entregar cheques de pagamentos, de quem foi contratado para prestar um serviço, de seu ofício, pelo seu talento…
“Umbora” trabalhar melhor pessoal. Pagar quem prestou serviço é uma tarefa rotineira da burocracia do setor público. Os barnabés fazem isso desde que Cabral descobriu o Brasil.
Qualquer dia vão querer que os servidores públicos recebam seus pagamentos em cheques, das mãos do governador, em fila na frente do Palácio do Setentrião. Como se fosse um agradinho do Estado. Que tal?
Coloquem o cabeção pra pensar e usem melhor o horário de trabalho. O contribuinte, penhorado, agradece.

Comentário: Daria pra rir, se não fosse pra chorar e refletir sobre aqueles que hoje administram os nossos anseios.

Quarta-feira é dia de julgamento: dia de justiça?

Por Camilo Capiberibe
Alinhar ao centro
É muito difícil escrever sobre um processo sendo parte dele, pois pode parecer, e vai terminar parecendo, que defendo o meu lado. Mesmo assim, me arrisco a abordar este tema, sabendo que um julgamento fundamental para os destinos de nossa cidade se dará nesta quarta-feira, 12 de agosto, quando o TRE decidirá o mérito de dois processos que envolvem a cassação do prefeito Roberto Góes e sua Vice Helena Guerra. Desde criança assistimos nos filmes de Hollywood e mesmo nos seriados da TV, nos enlatados e nas novelas que existe uma moral em cada história. Nas fábulas nos foi ensinado que andar pelo caminho certo é uma receita infalível que nos conduz em segurança ao nosso destino. Se Chapeuzinho Vermelho erra é ao buscar o caminho mais fácil, o atalho perigoso pelo meio da floresta. No caso das eleições 2008 não vou repisar que houve compra de votos e nem que o abuso de autoridade garantiu a distorção do princípio democrático, isso já ficou consolidado para a opinião pública pelas quatro sentenças prolatadas pela justiça eleitoral. As medidas liminares concedidas ao Prefeito cassado Roberto Góes passam para a sociedade a sensação de que as decisões de primeira instância não tem valor legal, essa sensação é equivocada e o próprio destino do nosso município não pode ser medido pelas razões que fundamentam a concessão de uma liminar. A liminar busca entre outras coisas, mas fundamentalmente, impedir até o julgamento do recurso, um vai-e-vêm de ocupantes no Palácio Laurindo Banha, o que ao meu ver, de parte no processo, é uma medida responsável e que atende aos melhores interesses da população. Ainda que a percepção seja a de que Roberto Góes fraudou e que nos processos essa percepção seja corroborada pela quantidade de provas coletadas pelo Ministério Público Eleitoral ou pela Coligação Frente pela Mudança, a liminar garante uma segurança para o cidadão e para a cidadã macapaense de que até que se conclua o segundo grau de jurisdição, ou seja, o julgamento em grau de recurso no TRE, uma pessoa apenas vai comandar os destinos do município. Mas, afinal o que estará em jogo na quarta-feira durante os julgamentos do prefeito e de sua vice? Ninguém em sã consciência é capaz de negar que houve crimes eleitorais e que as provas estão dentro dos processos que serão julgados, isso já foi indicado pelos julgamentos em primeira instancia. O TRE do Amapá terá em suas mãos a possibilidade de reafirmar que o que aprendemos desde crianças é o certo. A educação que nós na civilização ocidental recebemos é corroborada com os atos prolatados pelas instituições. Ninguém deve se enganar quanto as minhas expectativas pessoais para o dia 12 de agosto. Confio na justiça e acredito que o resultado do julgamento vai valorar o conceito de que a justiça deve prevalecer e o de que quem erra deve pagar.