terça-feira, 10 de junho de 2008

O “Projeto Assembléia”.

Artigo do site do Corrêa Neto (link ao lado)

O que o governador Waldez Góes vem fazendo nos momento que antecedem a campanha municipal deste ano, é o tipo do jogo político mais em prática no Brasil desde há muito tempo, com raras, raríssimas exceções. O poder compra, corrompe, pressiona, chantageia, agride, persegue e se alguém consegue superar tudo isso, é isolado e destruído.
A grande maioria dos políticos que mandam no Brasil é formada por verdadeiros craques nisso. Muitos deles costumam montar dossiês de seus “amigos” e se utilizam deles, com a maior desfaçatez, caso se torne necessário. Vocês não têm idéia de quem seja um dos maiores especialistas nesse tipo de controle? Jura que não tem?
A prática do governador dá para imaginar qual seja, mas não dá para dizer exatamente qual é. Waldez Góes é refém da Assembléia Legislativa. Seu governo é tão vulnerável que ele não tem como não ser. Não fosse assim e se tivesse uma outra orientação não liberaria, sem resmungar, R$ 98 milhões para uma Assembléia com apenas vinte e quatro deputados gastar, não se sabe, ou se sabe como, durante um ano só.
Waldez tem neste momento dois interesses: o seu, que é eleger Marília, deputada federal em 2010, e a indicação de Sebastião Bala para a prefeitura de Santana pode ser uma limpeza de caminho, para que os dois não se encontrem lá na frente disputando o mesmo espaço.
O segundo interesse, isso vem sendo dito por um dos meus consultores não remunerados, é na verdade engolir um sapo, que é viabilizar o projeto da Assembléia Legislativa, elegendo o “primo” Roberto Góes para a Prefeitura de Macapá e Jorge Amanajás para o governo do Estado em 2010. Se não fizer isso Waldez é cassado.
Dentro da Assembléia Legislativa do Estado estão hoje alguns dos homens mais ricos do Amapá. Ricos com poder e um projeto de poder de longo prazo. A “base de apoio” é hoje mais poderosa que Waldez e ele sabe disso, como sabe das dívidas que tem com ela.
Para cumprir isso tudo Waldez vai lançar candidatos em todos os municípios passando por cima, quando necessário, como é o caso de Santana, dos aliados que o tem sustentado até agora. Junto, quer ser senador daqui à dois anos. Basta?

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